Como parar de “comer as emoções” e ter prazer em se alimentar
Por Karelin Cavallari
Você também “comeu emoções” nos últimos meses?
Considerando o momento que estamos vivendo (aliás, temos vivido há intensos seis meses – já parou pra refletir?), eu tenho certeza que você, ou pelo menos alguma pessoa do seu círculo, descontou a ansiedade, medo, tédio ou a solidão em comida ou bebida alcóolica nos últimos meses.
A real é que usar a comida como válvula escape, celebração ou lazer é uma atitude cultural e as mudanças fora do controle dos últimos meses trouxe isso de forma ainda mais forte para grande parte das pessoas.
Então a primeira coisa que quero te pedir é para: largar essa culpa. Você nunca esteve só. Reconhecer que comeu (ou está comendo) as emoções, que isso pode ser problema e estar lendo esse conteúdo já é um ponto de virada.
Olhar para você é a alavanca de como parar de comer as emoções. Tudo bem estar cansado de cuidar das crianças, de estar tanto tempo com as pessoas que moram com você, de ter que pensar no que comer em cada refeição, de precisar cozinhar, trabalhar e ainda arrumar a casa. Admitir estar cansado de tudo isso não diminui o amor que você sente por você mesmo e pelas pessoas que estão ao seu redor. Tudo bem estar com raiva, com medo, ansiosa, insegura, entediada ou sentindo qualquer coisa desagradável ou “feia”. Isso não diminui seu valor. A única forma de parar de comer as emoções é justamente se permitir sentir essas emoções, dar nome a elas, reconhecer que existem, se perguntando de onde vem. Para isso existem algumas estratégias que podem te ajudar a parar de comer as emoções e voltar a comer alimentos, resgatando o prazer em se alimentar bem e não apenas se enganar disfarçando sentimentos em forma de comida.
Uma delas é pegar um papel e uma caneta e escrever sem regras, simplesmente colocar o que vier na cabeça no papel, sem julgamentos. Uma outra é simplesmente parar, respirar, ficar em silêncio um pouco sentindo o próprio corpo e deixar vir a emoção. Outra opção é falar com você mesmo através do espelho ou com alguém de confiança, pois ao falar fica mais fácil organizar as ideias. Nem sempre é fácil, nem sempre vai ter clareza. É um caminho de auto – conhecimento que vale a dedicação.
A partir do ponto em que você identifica e sabe quais emoções está comendo, fica mais fácil buscar uma solução verdadeira usando toda criatividade da sua criança interior, sem julgamentos! Vale pedir colo, gritar, dormir sem pensar no tempo, chorar, dançar na chuva, tomar banho de mangueira. rsrs
E sim!!! Vale também procurar ajuda se perceber que é necessário. Da família, de amigos ou de um profissional.
Ter prazer na comida sem se abandonar é colocar seu adulto no comando!
Tá tudo bem comer gostosuras, tá tudo bem alimentar sua criança com comida afetiva em alguns momentos. Mas seu corpo físico também precisa ser alimentado, por isso deixar seu adulto tomar as rédeas, colocar limites e até trazer certo “esforço” para também consumir comida de verdade faz parte do equilíbrio.
É escolher a comida que nutre o corpo físico e o permite continuar funcionando, é comer legumes, verduras e frutas em pelo menos duas refeições no dia para alcançar uma quantidade de nutrientes (vitaminas, minerais e compostos ativos) e manter o equilíbrio da microbiota intestinal (se você não sabe disso, leia o artigo sobre Depressão Pós Final de semana aqui).
Então a dica que quero deixar para você é: se conheça, entenda suas emoções para saber o que exatamente você está comendo. Eu te garanto que isso vai trazer consciência e muito equilíbrio para sua vida.
E lógico que ter prazer nessas refeições pra nutrir nosso corpo é super importante e por isso vou te ajudar deixando algumas receitinhas da deliciosas da Bru para você conferir.
Kibe Sem Carne Quiche Sem Farinha Berinjela Fatiada
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Super beijos,
Karelin Cavallari
Conheça mais sobre o trabalho da Ká em: www.karelincavallari.com.br e também no Instagram.