Ruca Malen chega ao Brasil

Ruca Malen chega ao Brasil

Sobre solos arenosos e rochosos que trazem uma mineralidade suave para os vinhos criados por Noelia Torres, segunda melhor enóloga da Argentina na categoria Sub40 em 2017, nasce uma nova identidade para a vinícola Ruca Malen.

Eu e a Bru, pudemos degustar 4 vinhos do portfólio da vinícola que fica localizada em Lujan de Cuyo, Mendoza, e eu vou contar um pouquinho de cada um, junto com a experiência de degustar os pratos do Le Bife, restaurante do Chef Érick Jacquin (aquele simpático gordinho daquele reality famoso de competição culinária).

Primeiro é importante entender o posicionamento da vinícola, pois os vinhos trazem uma característica nova para os vinhos Argentinos.

Ruca Malen

“A casa da menina jovem” essa é a tradução do idioma indígena mapuche para Ruca Malen. O espírito dessa adega é traduzido em feminilidade, liberdade e inquietude (assim como todos os jovens, eu acredito). Esse mood também é caracterizado pela mão de obra na vinícola, que nos foi contado, que tem uma maioria feminina e é claro os vinhos são criados pela incrível Noelia Torres.

Com o objetivo de se tornarem uma referência no mercado de vinho Argentino, a Ruca Malen investe em criar vinhos acessíveis e jovens para facilitar a entrada de novos consumidores na marca, além de alguns rótulos um pouco mais premium.

Ruca Malen chega ao BrasilFalando em facilitar o consumo para jovens o primeiro vinho que experimentamos foi o AIMÉ Rosé, que degustamos logo no começo do evento junto com os canapés de Tartar de Salmão e Steak Tartar. O AIMÉ Rosé é um ótimo vinho aperitivo, que indico para dias de calor e para curtir com os amigos. Leve e despretensioso, você irá agradar qualquer novato no mundo dos vinhos com esse rótulo no Rosé. A característica dele lembra os vinhos rosés de Provence, região do Sul da França, com uma coloração indo para o Salmão e uma leveza no paladar. Mulheres irão adorar abrir uma garrafa desse Rosé gelado em um bar e curtir um Happy Hour.

Sim, tomamos vinhos em HH e queremos mais pessoas apreciando a bebida nesses momentos também.

Depois junto com uma salada de folhas verdes experimentamos o Ruca Malen Chardonnay 2016, que é um vinho jovem, porém um dos que mais me chamou atenção na degustação por ter um corpo médio e um aroma frutado que não me lembra outros Chardonnays que já tomei. Eu particularmente não gosto dos vinhos brancos, Chardonnay é uma uva que consegue me agradar, mas esse foi MUITO bom! A Ruca Malen fala que o potencial de guarda desse vinho é de 2 anos, eu gostaria de experimentar ele bem nesse limiar, ele deve vir redondinho (para um vinho jovem). Com a salada não houve briga, aliás essa é uma das características do arsenal da bodega, eles produzem vinhos que não querem brigar com a comida.

Depois fomos para o Ruca Malen Cabernet Sauvignon 2016 e para o Ruca Malen Terroir Series Valle de Uco Malbec 2015.

Ruca Malen chega ao Brasil

Para degustar os tintos fomos servidos com um estupendo Entrecôte com distintas guarnições que enriqueciam o prato. Experimentando primeiro o Cabernet Sauvignon 2016 que estava bem jovem e delicado, um pouco suave demais para a uva. Senti que faltou um pouco de poder para harmonizar com a carne, por isso essa é uma boa opção de um Cabernet Sauvignon jovem para quem não gosta muito de corpo ou para quem não gosta de muito tanino. Porém, essa opinião variou entre as outras pessoas da mesa, que sentiram ele bem equilibrado e com toques de especiarias.

Então, eu pulei para o Terroir Series Valle de Uco Malbec. Malbec é uma das minhas uvas preferidas e se olhar minha adega hoje, essa uva representa 60% das nossas garrafas. Quando eu experimento essa uva, que é bem característica da Argentina, eu espero algo forte. Porém, como estamos falando da “casa da menina jovem” é claro que o Malbec não viria assim e isso não é um ponto negativo, é excelente! É um Malbec suave e se me permite viajar na maionese, senti como se houvessem tecidos flutuando pela boca. (Fala… bem viajando, não é?) E é assim que eu sei que gosto de um vinho, pois trás algo lúdico na minha mente, algo que representa visualmente a sensação do paladar. Sua cor é um rubi intenso e o aroma possui frutas negras e um toque de caramelo ou mel, algo nessa área. Seu corpo é médio e na boca a acidez é no ponto de refrescar e equilibra com o tanino. Ficou perfeito ao harmonizar com o entrecôte, não foi a mais, não foi a menos.

TURISMO

Agora falando da Bodega Ruca Malen. Mendoza é uma cidade turística para quem ama vinhos e gastronomia. Dentro da Bodega há um restaurante onde preparam uma refeição em “6 passos”, são 6 pratos que são criados para serem harmonizados com os rótulos da vinícola e o cardápio é trocado a cada 3 meses. É uma experiência completa e 5 estrelas, recebendo os maiores e melhores elogios dos visitantes pelo Trip Advisor. O passeio que chega a superar 3 horas é recomendação número 1 para quem visita Mendoza, só lembre de reservar o seu lugar.

E assim terminamos a nossa degustação dos rótulos que estão chegando no Brasil, importados por La Pastina. Obrigado por ler até aqui e até o próximo post sobre Vinhos. Tchau!

Links Úteis:
www.lapastina.com

www.bodegarucamalen.com

por Marco Bini