Aprenda a ler os Rótulos dos alimentos – e nunca mais seja enganado!

Isso mesmo… uma vez que você aprende a ler os rótulos dos alimentos nunca mais vai ser enganada por eles.

O que não quer dizer nunca mais consumir os produtos que você consome hoje! Se decidir continuar consumindo vai ser consciente. E tudo bem ué! rs

Talvez você também tenha a sensação de que cada vez que vai ao mercado descobre algum pacotinho novo se dizendo saudável. Admito que isso me incomoda muito pois quando leio os rótulos é bem frequente descobrir não serem tão saudáveis assim.

Por isso a intenção de ensinar você a ler esses rótulos e identificar quais produtos são realmente saudável ou não. 

O rótulo é composto por três partes – (i) a parte frontal produto, com alguns elementos em destaque; (ii) a tabela de informação nutricional e (iii) a lista de ingredientes.

PARTE FRONTAL

Tem a principal intenção de chamar sua atenção, ainda que a legislação coloque a exija informações relevantes para a saúde de forma clara e simples, apontando quando o produto é alto em açúcar adicionado, gordura saturada e sódio. O ponto é que não ter esses indicativos nem sempre quer dizer que o produto é saudável, até por serem poucos parâmetros.

TABELA DE INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Bru Calderon

Traz a porção caseira definida pelas calorias de acordo com a categoria do produto. Além disso, tem os macronutrientes (carboidrato, gordura e proteínas) e os micronutrientes (vitaminas e minerais) relevantes para o produto em quantidade por porção e porcentagem de acordo com o consumo diário médio de 2000kcal.

Duas informações bem legais da última legislação de 2020 é que passou a ser obrigatório colocar a quantidade de açúcar adicionado e as informações por porção de 100g ou 100ml, o que facilita a comparação entre produtos da mesma categoria.

Alguns pontos que precisam de atenção na leitura da TABELA.

– Nem sempre a porção sugerida é a porção usual de consumo ou o pacote inteiro, vale prestar atenção nisso. 

– Talvez sua necessidade calórica, de macronutrientes e micronutrientes seja diferente do padrão comum estabelecido como base no comparativo em porcentagem diária. 

A tabela traz números e nem sempre esses números são sinônimo de qualidade nutricional do produto, para isso é preciso avaliar a terceira parte do rótulo, minha favorita.

LISTA DE INGREDIENTES

É a parte que vai dizer se o produto é comida ou substância comestível. Os ingredientes estão listados em ordem decrescente, ou seja, primeiro os ingredientes em maior volume seguido pelos ingredientes em menor volume. Se tiver ingredientes que você não reconhece como comida, por exemplo, corantes artificiais, aromatizantes artificiais, conservantes ou outros aditivos identificados com números, escolha outro produto.

Um ponto importante é que as vezes vem identificado “mistura para pão” ou “geleia de frutas”, sem a lista dos ingredientes desse produto, nesses casos o ideal é evitar o produto, afinal nem sabe o que tem ali.

O grande problema dos conservantes é para o intestino pois a ação antimicrobiana para o alimento que aumenta o tempo de prateleira, acaba influenciando a microbiota intestinal que por sua vez modifica a absorção de nutrientes, a produção de serotonina e o sistema imune. O único conservante natural “não identificado como comida” é a vitamina C, que pode vir como ácido ascórbico e tudo bem rsrs.

Sobre os ingredientes reconhecidos como comida, vale uma avaliação leve na hora de escolher ou não um produto. Ao procurar um doce, se o primeiro ingrediente for açúcar, talvez esteja tudo bem, afinal você quer um doce. Mas ao procurar uma granola, se o primeiro ingrediente for açúcar vale buscar outra em que pelo menos os 4 primeiros ingredientes sejam fonte de fibra (aveia, trigo, quinua, castanhas). Ou ao procurar um pão branco, se o primeiro ingrediente for farinha de trigo refinada, condiz com sua procura. Mas ao procurar por um pão integral, se o primeiro ingrediente for farinha branca, vale procurar algum em que pelo menos a primeira farinha seja integral.

Conseguiu entender?!

O (não) reconhecimento os ingredientes é um dos pilares da enganação!

Como eu disse antes, se você quer um produto refinado, TUDO BEM. Pode fazer parte do equilíbrio, o ruim é fazer isso de forma inconsciente ou até mesmo sendo enganada pelos falsos saudáveis.

Se você busca por um produto sem açúcar, precisa saber identificar o açúcar escondido. Se busca um produto não refinado, precisa saber identificar outras farinhas refinadas além da farinha de trigo.

Por isso, falando especificamente desses dois itens, preste atenção sempre que observar esses ingredientes nas embalagens:

AÇÚCAR ESCONDIDO 

Pode ser achado como: açúcar invertido, açúcar cristal, açúcar de confeiteiro, açúcar orgânico, xarope de glicose, xarope de glucose, xarope de frutose, xarope de milho, maltodextrina, dextrina, maltose, sacarina, glicose, demerara, mascavo, melado, mel, sacarose, dextrose.

FARINHA REFINADA 

Pode ser achada como: Farinha de trigo refinada, polvilho doce, polvilho azedo, farinha de arroz, creme de arroz, farinha de milho, fubá, farinha de mandioca.

Ainda sobre a qualidade dos ingredientes, gordura de porco e óleo de palma são duas gorduras saturadas, por isso estarem presentes no alimento não deixa ele mais saudável. Pensando em qualidade, gorduras mais saudáveis seriam azeite ou um óleo vegetal mesmo.

Ufa! Bastante informação ein?

Resumidamente falando: comece pela lista de ingredientes e se tiver algum ingrediente que não reconhece como comida, ideal é já descartar esse produto. Depois disso, perceba se é condizente com o que você busca e na hora de consumir, coma prestando atenção na sensação de fome. O suficiente para o seu corpo.

E vale lembrar que o cenário ideal é comer mais comida mesmo! Priorizando alimentos que vão direto da terra para o prato ou a panela. Ou seja, verduras, legumes, frutas, grãos, sementes.  

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Beijos mil,

Karelin Cavallari


Conheça mais sobre o trabalho da Ká em: www.karelincavallari.com.br e também no Instagram.


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